A Torre Negra – Torre Negra VII – OGS #114

por | dez 8, 2015 | Resenhas, Sem categoria

stephen king

E finalmente chegamos à Torre Negra, aleluia, irmãos. Roland Deschain finalmente chega ao sétimo livro dessa saga, e você bem desidratado no final…

E ACABOU! A Torre Negra. Finalmente. Meu Chessus. Cheguei. Roland também, chegou todo mundo e morri muito nesse livro. Mas pelo menos cumpri essa leiturada toda esse ano 🙂

Antes de começar, se forem fazer esse flashback de muitos momentos anteriores, cheguem aqui:

Canção de Susannah – Livro VI

Lobos de Calla – Livro V

Mago e Vidro – Livro IV

As Terras Devastadas – Livro III

A Escolha dos Três – Livro II

O Pistoleiro – Livro I

Sinopse: “O Homem de Preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás.” A série começa com essa frase, imortalizada no papel quando Stephen King tinha 19 anos. Desde então, ele percorreu um longo caminho, cheio de portas e mundos, que aqui chega ao fim – ou seria o começo? O pistoleiro Roland busca a Torre Negra e é obcecado pela energia emanada por ela. No decorrer da história, recruta um viciado em drogas, uma mulher sem pernas, um padre amaldiçoado e um “filho”, além de um animal híbrido para ser seu ka-tet. O grupo o acompanha na missão para encontrar – e salvar – a Torre das mãos do Rei Rubro e seus aliados, que pretendem destruí-la e dar fim a todos os mundos.

Ambientada em um universo extraordinário, plena de imagens magníficas e personagens inesquecíveis, a série A Torre Negra é um portal que se abre para as extensões mais longínquas da imaginação de Stephen King. E, neste sétimo e último volume, o autor apresenta a conclusão de uma das sagas mais criativas da literatura contemporânea. (sinopse da contracapa)

E como disse na resenha do Canção de Susannah (Ah, Susannah, sua linda <3) já estava sentindo a bad percorrer minha alma enquanto eu escrevia o post. E bem, ela corroeu minha alma, tanto que até outras resenhas acabaram passando na frente dessa, e fui deixando pra escrever depois.

O último livro da Torre Negra começa num clima estranho, de nostalgia e adeus.

-(…) Se ainda tiver pelo menos 16 moedas, diga a eles que quer um submarino.
Roland abanou a cabeça, o que não bastou para Eddie.
– Fale a palavra para eu ouvir.
– Sumarino
– Submarino.
-SUU-marino.
-Sub… – Eddie desistiu. – Roland me deixe ouvir você falar “poor boy”.
-Poor boy.
– Bom. Se tiver sobrado pelo menos 16 moedas de 25 cents, peça um poorboy. É capaz de dizer “um monte de maionese”?
– Um monte de maionese.
– Bom. Se tiver menos de 16 moedas, peça um sanduíche com salame e queijo. Sanduíche, não popquim.
– Sandiche salome.
– É quase. E não fale nada a não ser que seja absolutamente necessário.

A Torre Negra, Stephen King, p. 67

É como a bonança antes da tempestade. E quando você termina, em prantos, e chega nessa página:

Os finais porém não tem coração. Um final é uma porta fechada que nenhum homem (ou manni) consegue abrir.
(…)
Os finais não tem coração.
O final é só outro nome para o adeus.

A Torre Negra, Stephen King, p. 1110-1111

Aí já foi a ladeira toda. A bad estava instaurada. O pior de tudo é que o King chega pra você e fala: olha, se quiser final feliz, pare aqui, que daqui pra frente eu vou contar o que aconteceu. E só. Não tem tato, não tem delicadeza, é apenas como tudo deve e vai acabar. Sinto muito.

E bem. Realmente. Eu não pude reclamar nem um milésimo de como tudo terminou. Terminou exatamente como deveria terminar. Não que eu tivesse previsto o que iria acontecer, não, absolutamente. Mas acabou de uma maneira muito confortável, como livros que te dão uma ressaca absurda sempre terminam.

Ele diz aquele sente muito, mas na verdade não deve sentir. Você precisa terminar etapas, precisa terminar coisas, precisa terminar histórias. E aquela história precisava terminar exatamente daquele jeito. E me deixou muito satisfeita, embora com dores por algumas mortes. Muitas. Muitas dores.

Nesse ponto, gostaria de dizer que gostei muito da construção do personagem Chapinha. Ele não é overpower, o vilão, o anticristo. Ele é mortal. Ele tem sentimentos, ele tem um psicológico. Justamente porque é mortal. E poxa. Isso foi lindo. Não é um vilão clássico todo exagerado e inverossímil. E isso quebra muito do que você espera também.

É um livro bem longo. Por isso mesmo você continua esperando mais zica acontecer. (aquela coisa do livro físico, né, você olha, “opa, tem muita página ainda, tudo isso aqui de resolução que estou vendo vai por água abaixo. Certeza.”)

E essas zicas todas acontecem. Você tem explicação de tudo que era necessário, os nós são todos desatados. Seu coração é triturado por gostar de alguns personagens. E a sinceridade do narrador sempre dói (a construção do gore das cenas também. Por isso que o homi é o rei do horror, né.).

Você sente um vazio por não poder acompanhar o que vem depois, você fica apegado aos personagens, à vida deles, talvez tenha criado várias histórias alternativas com você inserida na história. Talvez não. Mas fica satisfeito. E por essa satisfação linda super concordo que realmente tenha sido a obra prima do King.

Aliás, achei essa imagem mega lindeza de todas as ligações que as obras do King tem. <3 (Fonte)

Aliás, achei essa imagem mega lindeza de todas as ligações que as obras do King tem. (Fonte: imagem de James Van Fleet)

Essa imagem foi um achado lindo, mas ao mesmo tempo agora vai me obrigar a ler esses livros todos. Mas tatu do bem. Eu vou superar.

Porque afinal, o ka é uma roda.

A Torre Negra – A Torre Negra VII
Autores: Stephen King
Editora: Ponto de Leitura
Páginas: 1146
cinco estrelas(não achei a imagem com o coração, então o vejam mesmo assim.)

Ps.: Ainda me falta ler as HQs lindonas maravilhosas e o livro ~4,5~ Vento pela fechadura. Mas a saudade já bate.

E calma que vem aí post da CCXP 2015! 😀

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