Festival of Death – OGS #129

por | abr 26, 2016 | Resenhas, Sem categoria

doctor who

E mais um livro de Doctor Who que aparece aqui no Castelo, em Festival of Death o 4º Doctor tem de confrontar sua própria morte… Corre aqui pra ver essa bagunça temporal.

Sinopse: The Beautiful Death is the ultimate theme-park ride: a sightseeing tour of the afterlife. But something has gone wrong, and when the Fourth Doctor arrives in the aftermath of the disaster, he is congratulated for saving the popolation from destruction – something he hasn’t actually done yet. He has no choice but to travel back in time and discover how he became a hero. And then he finds out. He did it by sacrificing his life. (Sinopse da contracapa)

Festival of Death é mais um dos livros da coleção dos 50 anos de Doctor Who que já apareceram por aqui! (Aqui você confere o Ten Little Aliens com o Primeiro Doctor; o Dreams of Empire com o Segundo; Last of the Gaderene com o Terceiro) Até agora todos os livros me encantaram, Ten Little Aliens ainda ganhando, MAS. hahaha E chegamos à uma aventura do Quarto Doctor, interpretado pelo cachecolzado Tom Baker!

Jonathan Morris logo no prefácio já diz que ralou pra organizar tantas linhas do tempo paralelas pra não se perder, e que atualmente faria diferente, mas a gente não acredita até ler de fato.

A história vai se passar inteiramente na nave onde se pode experienciar a experiência de morte. Você entra, morre rapidinho, dá um bizu nesse pós-vida e volta pra viver. E quando o Doctor chega encontra uma nave pós caos de salvação. Salvação essa realizada por ele. Ele salvou a nave e ainda não sabia como.

“‘You will need me to rescue you.’ K-9’s rear antennae, which resembled a tail, waggled.
‘Oh. Exactly,’ said the Doctor. ‘So how can you come and rescue us if you’re already with us, hmm? Don’t try to be logical. Come on, Romana.’”

Festival of Death, Jonathan Morris, p. 11

Nesse livro ele está com a Romana (<3) e o K-9 (<3), e tem toda aquela vibe bem humorada de um Doctor completamente tresloucado que oferece Jelly Babies a todos que passam.  Novamente a edição está um chuchuzinho, com um verniz localizado maravilhoso que simula uma caveira em cima do rosto do Doctor.

 “‘Well,’ said Romana. ‘At some point in our future lives, we return to the G-Lock, to a point earlier in time. We then get… involved?’
‘As usual.’
‘Get accused of things we haven’t done.’
‘As usual.’
‘And then save everyone of certain death.’
‘As usual.’”

Festival of Death, Jonathan Morris

Eu particularmente gosto quando um escritor vai compondo a história e aparentemente acabando com todas as soluções possíveis de acabar bem. Nesse, isso acontece desde o começo. O Doctor morreu para salvar a todos. E bem… não se pode mudar o passado (ou futuro) já que isso pode acarretar em consequências completamente imprevisíveis e é contra a primeira lei do tempo.

O livro todo passa uma sensação de afunilamento, quanto mais ele progride, mais próximo da morte está, só que tem que ir indo pro passado pra ir resolvendo as situações que “já resolveu”, tentando evitar de cruzar a própria linha temporal, tentando realmente salvar o que “já salvou” e ainda lidar com um mistério da própria nave que aconteceu 200 anos antes. BAM. *cérebro fundido*

“One thing that the Doctor had noticed was that villains always loved to have big levers to pull. Probably compensating for something.”

Festival of Death, Jonathan Morris, p. 101

Eu tenho certeza que o autor ralou muito e teve de fazer murais enormes pra não se perder e não deixar pontas soltas. Foi uma trabalheira louca organizar tudo aquilo de forma coerente. Deu até aflição. E, de acordo com o selo “Camila” de aprovação, se deu uma aflição boa é porque estava ótimo. HAHA

Você teme pelos personagens, mesmo sabendo que existe todo um canon e eles aparecem depois. Você fica instigado a descobrir o que vai acontecer e se a situação realmente vai se resolver ou se é uma espécie de fim da linha louco numa linha do tempo paralela.

Foi uma leitura longa e delicinha, é aquele tipo de livro que você senta, lê um capítulo, dá umas risadas ou fica tenso, vai fazer suas coisas e depois volta pra ler. Mais uma prova de que os livros escolhidos pra compor essa coleção foram super bem pensados (subindo as expectativas pros próximos, hehehe)

Festival of Death
Autores: Jonathan Morris
Editora: BBC Books
páginas: 306
quatro estrelas
link do meu perfil do skoob

2 Comentários

  1. Chell

    Cada dia que passa existem mais EPS de Dr who e eu não vi. 🙁 Netflix tirou e fiquei sem :/

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    • Camila

      HAHAHHAHA
      É eterna a quantidade de materiais externos à série! Tem os áudios da Big Finish, as HQs, os livros… eu já desisti de acompanhar tudo… mas se quiser tenho uns blogs excelentes de DW pra te passar! 😀

      Responder

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